14 de setembro de 2010

Meus 10 anos de jornalismo esportivo

14 de setembro de 2010. No dia de hoje eu completo 10 anos de jornalismo esportivo e posso garantir que estou muito feliz com isso. Significa muito para mim. Agradeço, principalmente, a todos aqueles que me deram oportunidades, que acreditaram em mim, que me abriram portas e que me ensinaram ao longo desses anos.

Impossível que a primeira menção deste texto não seja a Éder Luiz, que se tornou meu segundo pai. Foi ele o grande responsável por este acontecimento, ao lado do meu pai de verdade. Foi por conta deles que tudo começou. Numa visita despretensiosa à cabine da Band FM no Morumbi, o meu fascínio pelo mundo do rádio esportivo ficou escancarado. Papai Éder percebeu e tratou não apenas de abrir a primeira portinhola, mas de investir naquele garoto, então com 15 anos. O modo como ele falava a meu respeito me deixava cheio de orgulho.

Voltemos então ao dia 14 de setembro de 2000, o primeiro, aquele que hoje completa 10 anos. Claro que eu lembro da data. Fiz questão de guardá-la. Era a realização de um sonho. Imagine como estava a cabeça de um moleque de 15 anos, da zona leste de São Paulo, ainda cursando o segundo colegial, partindo para o seu primeiro dia de trabalho com profissionais que para ele eram referência, algo muito distante.

Lembro até da roupa que usava: era uma camisa pólo branca que peguei do meu pai, toda larga, mas era o que eu tinha de melhor.Nervoso, subi ao 11º andar da Midiamixx, na Rua Helena, e conheci Cristiane Gumiero e Ana Paula Abrão, minhas duas primeiras companheiras de trabalho, no site Intergol, que pertencia à equipe da Band FM. A Cris, esposa do Éder, se tornou a minha primeira grande professora na profissão. Foi ela quem deu estilo ao meu modo de escrever.

Como primeiro serviço, preparei para a Ana Paula, que era repórter, uma pauta para entrevista com o volante Rogério, que estava no Corinthians depois de ter defendido o Palmeiras. Google nada. A internet ainda não era assim tão funcional. Não havia tantos sites específicos, o acesso era lento e não havia máquina para todos. Preparei na mão, à caneta, debruçado sobre uma pilha de revistas e usando o meu próprio repertório de moleque viciado em futebol.

E a melhor parte daquele dia ainda estava por vir. O Intergol era o trabalho em si, àquele ao qual eu dedicaria a maior parte do tempo, mas o que o Éder queria mesmo era que eu fosse me familiarizando o quanto antes com a rádio. E lá fui eu para a Band FM, com a carona de... André Henning. Pô, eu gostava pra caramba do trabalho do cara e, de repente, estava ali do meu lado, super gente. Lembro que ouvia a Rádio Globo no trajeto para não perder nada do que acontecia no esporte. Naquela conversa, eu já podia me sentir um jornalista.

Chegamos à rádio e lá eu conheci outro cara que me ensinou muito, mas que acima de tudo, tornou-se um grande amigo: Thomaz Rafael. Difícil descrever o meu respeito por um cara que é, ao mesmo tempo, ídolo, professor e amigo. Por muito tempo fomos nós dois na preparação de Band Esportes, depois do Transamérica Esportes, programas que eu realmente gostava de fazer. E foi o próprio Thomaz quem me abriu o microfone para falar, criando o personagem do Juninho Furacão, conforme apelido dado por Henrique Guilherme.

São muitas boas lembranças dos tempos de rádio que não dá para contar uma a uma, dos amigos que fiz, das pessoas que conheci. Mas fica a certeza de que foi o passo fundamental para o meu crescimento profissional, a grande escola que tive, o berço onde conheci pessoas que até hoje me são importantes demais e com as quais eu gostaria de ter muito mais contato.

Daquele 14 de setembro de 2000 pelos dez anos que se seguiram até hoje, muito aprendizado e nenhuma preguiça. Posso dizer, sem medo de errar nem de me arrepender, que abri mão de boa parte da vida pessoal para me tornar um bom profissional. Para o meio em que eu vivia, o que tenho era algo muito difícil de ser alcançado, muito distante.

A oportunidade era única e eu fiz questão de agarrar. Quantos finais de semana e programas interessantes não ficaram pelo caminho? Não vou dizer que nunca pensei em desistir, é duro para a cabeça de um adolescente, mas quem desiste assim de um sonho tão próximo? Nem mesmo em meio a uma crise, larguei a Transamérica. Trabalhei de graça quando foi preciso. Abri novas portas com isso. Márcio Bernardes me deu o site dele para cuidar. Mais lições de um verdadeiro “brother”, como ele mesmo gosta de dizer.

Hoje posso dizer que estou orgulhoso de mim mesmo, do quanto cresci, de todas realizações ao longo destes últimos dez anos, do quanto algumas pessoas respeitam tudo o que trabalhei e ainda enxergam potencial para continuar crescendo.Aprendi ao longo destes anos que muitas pessoas estão aí para te ajudar. Existe muita gente de bem.

Depois da rádio, o próprio Éder Luiz me abriu caminho para a TV, com as produções do Campeonato Inglês no Esporte Interativo da Rede TV!. Era o mergulho no futebol europeu pelo qual hoje sou tão apaixonado. Com eles, Éder Luiz e Esporte Interativo, fui parar na Band, em 2004. Conhecer mais gente. Aprender mais. Até que um dia foi preciso decidir meu caminho entre o rádio e a televisão. Com dor no coração, deixei o timaço de Éder Luiz ao qual tanto devo. Ali era uma família, mas era hora de seguir carreira solo.

Esporte Interativo. Capítulo à parte e fundamental no meu processo de amadurecimento na profissão. Quanta coisa aprendi com eles. Aprendi a ser completo. Aprendi que jornalista não trabalha só com noticia, informação. Se o rádio foi minha grande escola, o Esporte Interativo foi a faculdade, a pós-graduação. Maurício Portela, Fábio Medeiros. Caras que, assim como o Éder, acreditaram em mim e aos quais serei eternamente gratos. Tiveram a ousadia de largar uma responsabilidade enorme no projeto da empresa nas mãos de um garoto de 21, 22 anos, com uma equipe que chegou a nove pessoas. Todos jovens como eu e principalmente interessados.

Melhor do que isso: deram-me a certeza de que correspondi, com premiações ao final de cada semestre. TopSports, uma empresa exemplar, da qual sou imensamente orgulhoso de ter feito parte e cujo sucesso me deixa contente.

Mas este é o espaço que reservei para falar da minha carreira. E, graças ao trabalho pela Top, eu consegui meu espaço na Band. Mais um sonho. Já estava habituado a trabalhar lá dentro, mas trabalhar para a Band era uma sensação especial. Era o canal no qual eu assistia esporte quando moleque. Eram os profissionais que eu acompanhava e que agora estavam ao meu lado, que tinham a minha confiança.

E também na Band tenho escrito minha história. De um jeito diferente, os desafios eram outros. O garoto-revelação dava lugar a um profissional pronto. Passos mais curtos, mais calculados, mas sempre adiante e sempre me espelhando naqueles que deram certo. Hoje posso me dizer contente com o que sou, com tudo que já realizei, com o que significo, mas principalmente pelo que ainda tenho para buscar.

Quanta coisa para contar destes 10 anos. Parece pouco, mas dá pra escrever um livro, fácil.

Quantos eventos coordenados. Campeonato Inglês, Espanhol, Italiano, Português... As Copas do Mundo Sub-17, Sub-20, Feminina, Futsal, Beach Soccer... Brasileirão, Campeonato Paulista, Carioca, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana, vôlei, final de futebol americano, boxe... Liga dos Campeões... ah, a Liga dos Campeões, esse meu mundinho encantado. As melhores lembranças da minha carreira.

Barcelona x Chelsea, oitavas-de-final de 2006, lá estava Wilson Junior no Camp Nou assistindo a era mágica de Ronaldinho Gaúcho, com quatro sorteados de uma promoção da TIM. Real Madrid x Milan, primeira fase em 2009, lá estava eu de volta à Espanha para o maior confronto possível numa Liga dos Campeões, produzindo para Nivaldo de Cillo em noite histórica de Alexandre Pato.

Em 10 anos de jornalismo esportivo, já trabalhei em rádio, internet, televisão. Escrevi colunas para sites, gravei boletins de rádio, fiz uma matéria filha única de TV que rendeu elogios, mas que não foi pra frente, produzi, editei, coordenei, viajei bastante. Mas ainda tem muito, muito mais.

Nunca apresentei um programa ou um jornal, como queriam os professores da faculdade. Nunca comandei um programa de rádio sozinho. Nunca fui para a Olimpíada. Não fui para a Copa do Mundo. Mas estive na cobertura destes grandes eventos e aprendi que o trabalho do lado de cá também é pesado e tem seu valor.

Parar jamais. Estes 10 anos de jornalismo esportivo me ensinaram isso. Ainda tenho muito o que aprender e quero me tornar cada vez mais completo, crescer. Muitas vezes me pergunto se ainda vou passar muito tempo trabalhando nisso. Não sei dizer. Vou até onde puder. No dia em que não tiver mais para onde expandir minhas fronteiras, eu paro.

Se alguém, naquele dia 14 de setembro de 2000, perguntasse para mim onde eu gostaria de estar em 10 anos, eu provavelmente não saberia responder. Não conhecia os caminhos que a vida iria me dar, não sabia quais eram as opções. Se me repetirem a pergunta hoje, eu também não sei responder. Não com exatidão. Mas posso dizer que, no mesmo lugar, não é.

Talvez essa marca seja o início de um novo tempo. Por 10 anos, eu vivi para trabalhar. Chegou a hora de trabalhar para viver.

22 de julho de 2009

O sumiço de André Santos e Cristian



Não aconteceu ainda, mas vai acontecer. O sorriso de André Santos, sempre muito receptivo às solicitações da imprensa, e as lágrimas de Cristian na despedida do Corinthians serão lembranças bem distantes dentro de alguns meses.

O futebol turco cresceu muito nos últimos anos, é verdade, principalmente após o terceiro lugar da seleção local na Copa do Mundo de 2002 e da surpreendente campanha do mesmo Fenerbahçe na Liga dos Campeões de 2008.

Mas o que pouca gente prestou atenção é que André Santos e Cristian não vão disputar a mais importante competição de clubes do mundo nesta temporada. Os representantes da Turquia serão Besiktas e Silvasspor. O Fenerbahçe vai jogar apenas a Liga Europa, que chega para substituir a Copa da Uefa.

O fato é que aquele time do Fener só apareceu mesmo para o mundo após as oitavas-de-final. Só então os europeus passaram a prestar atenção em Alex, Lugano, Maldonado, no técnico Zico e em jogadores da seleção turca, como Semih Senturk.

E foi só. A boa fase da equipe turca naquele momento não foi o suficiente para levar Alex, Edu Dracena ou Deivid para a seleção brasileira, como bem lembrou a amiga e repórter da Band, Emmily Virgílio.

Acho muito difícil que venha a acontecer algo diferente. Talvez André Santos permaneça no time de Dunga pelo sentido de grupo que o treinador tenta manter, mas ainda assim ele terá a forte sombra de Marcelo, que deve brilhar num Real Madrid galáctico.

Já para Cristian, que vinha sendo alardeado como um dos melhores volantes em atividade no Brasil, deve ter sido mesmo um tiro no pé em termos de Copa do Mundo.

Claro que uma transferência para a Europa envolve muitos outros fatores, como dinheiro e a vontade do clube e de empresários, mas se os jogadores tiveram participação na decisão final, creio que optaram pelo caminho errado.

No Corinthians, seguiriam em destaque para o Brasil e certamente receberiam propostas de clubes com maior visibilidade. É aí que eu me pergunto: será que foram corretamente instruídos?

7 de julho de 2009

Inevitável comparação


Após a apresentação de Cristiano Ronaldo, foi inevitável a comparação com a festa promovida uma semana antes para a chegada de Kaká.

Tem sido assim desde que os dois foram contratados. E deve ser assim por muito mais tempo, quando os dois estiverem em campo.

A imprensa nacional, principalmente a não esportiva, se prendeu aos números de público: nas contas do Real Madrid, quase 85 mil para o português contra 40 mil do brasileiro.

Na verdade, acho que foi um pouco menos. Quando Kaká chegou, falava-se em 35 mil e esse número foi inflando. Para Cristiano Ronaldo, 85 mil seria a lotação do estádio. Não foi tanto.

O fato é que Kaká e Cristiano Ronaldo são mesmo diferentes. Em todos os aspectos. É quase como se fossem mocinho e vilão.

E, convenhamos, existem vilões que são muito mais amados que certos mocinhos. Tem sido assim com o craque lusitano, novo dono da camisa 9 merengue.

E se é pra comparar, então, que o façamos em todos os aspectos:

Kaká custou 65 milhões de euros.
C.Ronaldo custou 94 milhões de euros.

Kaká levou quase 40 mil torcedores ao Santiago Bernabeu. Metade do estádio.
C.Ronaldo levou mais de 80 mil e bateu o recorde histórico de apresentações de jogadores, lotando a casa madridista.

A apresentação de Kaká tinha um mistério a mais: qual seria o número que o craque iria vestir. Já o portuga entrou com uma ousada camisa 9 escrita apenas Ronaldo, sem o C. que usava no Manchester United, quase uma provocação ao Fenômeno brasileiro que usou o mesmo número em sua segunda temporada em Madri (vale lembrar que inicialmente Ronaldo foi 11).

Kaká mostrou a camisa 8 e balançou.
C.Ronaldo beijou o escudo do Real.

Kaká decorou um discurso em espanhol, língua que pouco domina.
Cristiano Ronaldo se deixou levar pela emoção e foi no improviso.

A torcida escutou Kaká atentamente.
O gajo mal conseguia falar. A torcida ia ao delírio a cada 5 palavras ditas pelo português.

Kaká, maduro, parecia mais acostumado a grandes públicos.
C.Ronaldo se mostrava emocionado como um menino diante da multidão.

Kaká e Cristiano Ronaldo encerraram o discurso com o mesmo “Hala Madrid” para inflamar o público. O brasileiro o fez timidamente e balançou o estádio. O português convocou a torcida para gritar junto numa contagem até 3, gritou com as mãos para o alto e quase derrubou o Santiago Bernabeu.

Após o discurso, Kaká cumprimentou, autografou, desfilou.Cristiano Ronaldo fez questão de brincar com a bola, fazer seus malabarismos.

Dentro de campo, acho que os dois vão se equivaler. Melhor: podem se completar. Kaká é marido. Cristiano é amante.

Ou, parodiando a ótima letra de Arnaldo Jabor em Amor e Sexo: Cristiano Ronaldo é do bom. Kaká é do bem.

Kaká é amor. Cristiano Ronaldo é sexo.

Confesso que me empolguei mais com a apresentação do português. E discordo de quem acha que ele foi falso ao dizer que estava realizando um sonho de criança. Todo garoto europeu quer jogar no maior clube do mundo. Por que com ele seria diferente?

A emoção estava estampada no rosto de Cristiano Ronaldo. Depois dessa, ninguém mais segura o rapaz. Era o que faltava para ele ter certeza de que está no topo do mundo (porque essa desconfiança ele já tinha).

Vale a pena rever abaixo o grande momento da apresentação:


6 de julho de 2009

Visões sobre Dunga



Um dos temas mais abordados neste blog desde a criação dele tem sido o atual técnico da Seleção Brasileira, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga.

Quem lê os meus textos, deve imaginar que tenho ódio mortal pelo capitão do tetra. Aí é que está o maior engano. Ele é um dos meus maiores ídolos.

Já escrevi em outros sites a respeito. Para mim, existem dois Dungas. O ex-jogador e o técnico da seleção brasileira. Não consigo separá-los.

Existe, no entanto, um terceiro Dunga, que poucos conhecem. O ser humano, sem cargo, sem rótulo, sem câmeras, microfones, flashes ou aspas.

O nosso chefe de redação lá no esporte da Band, Dudu Magnani (na foto, fazendo hang loose!), trouxe no blog dele uma visão bem interessante sobre o treinador e ex-jogador.

Recomendo a leitura.

Fui tocado em cheio pelo texto e publico abaixo o comentário que deixei no blog do Dudu. Ajuda bastante a entender o modo como escrevo sobre o técnico da seleção.

“Eu era desses meio com o pé atrás em relação ao Dunga técnico da seleção..

Tanto por acreditar que ele poderia, por exemplo, treinar seu Colorado de coração antes para pegar mais cancha, mas principalmente porque fui fã do Dunga jogador e achava que essa experiência na seleção iria queimar o passado vencedor dele com a amarelinha...

Depois, comecei a torcer contra mesmo, por discordar totalmente das opções dele... coisas de torcedor... sem contar que não achava nada a ver aquele jeito exótico de se vestir no começo... era a desconstrução de um mito.

Confesso que já estou mudando de idéia. Mas tenho saudade de admirar o Dunga de 94, de querer jogar como ele (sempre fui volante), de dar o mesmo sangue que ele, nos jogos ou na vida, de defender a presença dele no time que foi à França em 98...

O "meu Dunga" é o ídolo jogador, e acho que sempre vai ser. O Dunga técnico pra mim é outro. Sorte sua que, além dos dois, conhece o Dunga ser humano, ou seja, o verdadeiro Dunga.”

5 de julho de 2009

Comentando Comentários I










Amigos que acompanham este humilde blog. Digo amigos porque descobri que tenho, sim, seguidores das bobagens que escrevo e faço questão de agradecê-los.

O único sentido de publicar o que penso é ter público. É a teoria da comunicação. Todo emissor precisa de um receptor.

E fico muito feliz a cada comentário que recebo, principalmente quando postados naquele tópicozinho (olha o cacófato) “pitacos” abaixo de cada texto.

Tem gente que eu nem esperava que freqüentasse este espaço, como o Otávio, velho amigo de faculdade, e o Bruno Menon, ex-cunhado. E tem outros que eu praticamente obrigo a ler, como Fernando Chiari, fiel parceiro de trabalho. Tem até o Karan Novas, também jornalista, que é provavelmente o meu leitor número 1.

Agradeço profundamente por comentarem e, por isso, criei uma seção que vou publicar de vez em quando, chamada Comentando Comentários.

O título é auto-explicativo. Faço questão de rebater cada comentário recebido, afinal os leitores são parte fundamental deste blog, e pinta muita coisa boa nos pitacos de cada texto.

Vamos lá??


Karan, amigo e jornalista, disse em 15 de junho: "Cristiano Ronaldo é um pobre diabo, apesar de não mais pobre, por questões óbvias, e não mais diabo, por deixar o Red Devils. Sua marra vai além da parte gloriosa, como um Ibrahimovic - que se diverte com a bola nos pés -, chegando a um ar de superioridade que vai além dos campos, quase passível de ser considerado um "mau caratismo". Ele é do tipo invejoso, que corre o risco de não se dar bem ao lado de um galáctico "à moda antiga" como Kaká, por puro ego, como foi citado. Se o brasileiro tem essa questão tirada de letra, o português é bem grosseiro com essa bola nos pés".

Eu digo: Brilhante texto, mas não acho que o ar de superioridade tenha relação alguma com “mau-caratismo”. Ainda aposto que vai se dar bem. E estou ansioso para ver mais essa apresentação galáctica.



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Karan, amigo e jornalista, disse em 16 de junho sobre a seqüência de derrotas que poderia derrubar Dunga: "Se acontecer tudo isso, já que é tudo baseado em hipóteses bem convincentes, o Dunga cai? Posso torcer?"

Eu digo: Torcemos, os dois. Agora vamos com o homem mesmo.

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Fernando Chiari, amigo e jornalista, disse em 22 de junho... "É, sr Wilson... Jamais o ataque vai ganhar um jogo pra Itália. Quando a defesa vai mal, um abraço".


Eu digo: Assino embaixo. Se depender só do ataque, um abraço. Mas vou dizer: a Itália está repleta de bons atacantes. Toni, Gilardino, Rossi, Del Piero, Borriello, Pepe, Cassano e ainda vem por aí... Balotelli, Acquafresca, Paloschi. O problema está na criação. Giovinco?? Pode ser uma boa. Sou fã do menino da Juve.

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Otávio, amigo e radialista, disse em 23 de junho... "Quem diria ein rapa, vc falando bem da seleção do Dunga, e eu vindo aqui pra comentar de futebol!!! Hahaha... Mas ae... Balotelli não dah ein manow... E cade um post sobre a saída do Muricy???? Abraço!!!"

Eu digo: Quem diria mesmo! Otávio, hoje trabalhando na ESPN, é da turma que entrou na faculdade de RTV da Metodista com repulsa de futebol. Não entendia meu fanatismo. Acho que isso mudou um pouco. Quanto ao Balotelli... o garoto é bom de bola, só precisa acertar a cabeça. Quanto ao Muricy... a Copa das Confederações estava a mil e não tive tempo, mas em breve vou escrever sobre a dança das cadeiras.

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Anônimo disse no dia 24 de junho, a respeito de Celso Injustiçado Roth: "Muito melhor que Vagner Mancini e Ricardo Gomes!"

Eu digo: Depende do ponto de vista. Mais eficiente, tenho certeza, mas acho até que o Vagner Mancini tem mais potencial para armar grandes equipes. E fica a pergunta: quem é o tal do anônimo?


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Filipe Abreu, atleticano, disse em 30 de junho, sobre Celso Roth: "Vai ser campeão em 2009".

Eu digo: Torcedores... Não acredito em tanto. Libertadores tá bom pra você?


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Karan, jornalista e amigo, disse no dia 25 de junho...

"Começo a achar que, se Dunga não tem experiência e visão ampla de um bom técnico, tem sorte o suficiente para suprir a deficiência. Meu medo é toda essa sorte ficar no caminho de uma Copa do Mundo, com todos os times "pequenos" entrando em campo como Egitos e Estados Unidos, bons exemplos a serem estudados para 2010.


Ou ele vai tropeçando e derrubando, por "acidente", os adversários até nosso sexto título; ou passa vergonha a ponto de borrar sua boa fama dentro de campo. Ainda prefiro os campeões por competência, mas se for para reforçar que ainda somos o melhor futebol do mundo, mesmo sem mostrar isso nos campos africanos, torço para a primeira opção".

Eu digo: Confiemos na sorte de Dunga e no talento dos nossos jogadores, afinal são eles que resolvem. Técnico bom é pra time fraco. O dever de um treinador com elenco forte é cuidar dos egos e não fazer cagada.


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Filipe Abreu, jornalista e amigo, disse no dia 30 de junho... "É verdade, só mesmo os deuses do futebol pra explicar como essas coisas dão certo pro Dunga. A final do domingo mostrou isso de novo. Elano no lugar do Ramires? E o cara bate o corner na cabeça do Lúcio. Eita Dunga".

Eu digo: Mais uma vez a sorte do homem. É bom saber eu não estou sozinho nessa parada.